Polícia Tocantins

Motorista é denunciado por 8 homicídios após acidente que matou família tocantinense

O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou José Júnior Fernandes Mota, de 46 anos, apontado como motorista responsável pelo acidente que provocou a morte de oito pessoas, seis da mesma família, na BR-153, em Campinorte, região Norte de Goiás.

A tragédia ocorreu na noite de 20 de setembro deste ano. O suspeito, que estava bêbado no momento do acidente, fugiu sem prestar socorro, mas acabou preso momentos depois. Ele responde agora por oito homicídios dolosos.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista conduzia uma caminhonete Toyota Hilux em alta velocidade e sob efeito de álcool quando atingiu a traseira do carro onde estava a família. Com o impacto, o veículo foi arremessado para a pista contrária e colidiu contra uma carreta. Antes de tombar, a carreta ainda atingiu uma motocicleta com duas pessoas.

José Júnior fugiu do local sem prestar socorro, mas acabou preso horas depois pela Polícia Militar. O teste do bafômetro confirmou a embriaguez. A caminhonete foi encontrada escondida.

Vítimas em Campinorte

As vítimas fatais da mesma família foram identificadas como José Mário da Silva Souto, de 38 anos, Dayane Pereira dos Santos, de 32, e os quatro filhos do casal, José Victor Souto, de 17 anos, Emanuela da Silva Souto, de 14, José Arthur da Silva Souto, de 10, e Théo Souto, de apenas 3 anos que chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

Carro da família seguia para Campinorte quando foi atingido na traseira por caminhonete

Na motocicleta atingida estavam Wellington Vieira Bruno, 42, e Rosemaria Ferreira Mendonça, que também morreram no local. Uma criança chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos no hospital. O motorista da carreta sofreu lesões leves e foi levado ao Hospital Municipal de Campinorte.

Reincidência e histórico criminal

De acordo com o MP, o motorista já havia se envolvido em outro acidente grave em 2018, também conduzindo a mesma caminhonete. À época, ele dirigia sem habilitação, alcoolizado e em alta velocidade. Além disso, José Júnior responde a processos por homicídio qualificado e roubo majorado, sendo considerado reincidente em crimes dolosos.

Ponto de vista da defesa

Em nota, a defesa de José Júnior afirmou que apresentará resposta ao processo “no prazo legal”, alegando que ainda não foram juntadas todas as provas e laudos periciais necessários à completa apuração das circunstâncias do acidente.

Homicídio doloso

Com a denúncia oferecida pelo MP-GO, caso será enviado à Justiça para ser julgado pelo Tribunal do Júri, onde um conselho decidirá sobre a culpa ou inocência do acusado. A pena para homicídio doloso, praticado de forma intencional, é significativamente maior do que a prevista para homicídio culposo, sem intenção de matar.

Além disso, o trâmite processual é diferente: o homicídio culposo no trânsito é regido pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), enquanto o doloso segue o rito do Código Penal.

Fonte: AF Noticias

Arimatéia Jr.

Arimatéia Jr.

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