Senador Irajá não assina pedido de criação da CPMI do Roubo dos Aposentados do INSS

Enquanto a oposição mobiliza o Congresso Nacional para investigar um dos maiores escândalos de fraude contra aposentados da história recente do Brasil, o senador Irajá Abreu (PSD-TO) optou por se manter à margem do debate. Ele não assinou o requerimento que pede a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o desvio bilionário de recursos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), escândalo que atingiu diretamente milhares de idosos em todo o país.
O pedido de criação da CPMI foi protocolado nessa segunda-feira (12), e já conta com o apoio formal de 259 parlamentares, sendo 223 deputados e 36 senadores — número suficiente para dar andamento à proposta. A comissão busca esclarecer as responsabilidades e conexões políticas e empresariais por trás de um esquema que, segundo investigações da Polícia Federal, fraudava mensalmente aposentadorias e pensões por meio de associações de fachada e contratos falsificados.
Apesar da gravidade do caso e do impacto direto sobre a população idosa — justamente a mais vulnerável —, o senador Irajá preferiu não subscrever o pedido de investigação. O silêncio do parlamentar diante do escândalo tem sido alvo de críticas, especialmente por sua atuação em outras frentes consideradas controversas.
Por outro lado, Irajá tem se dedicado a articular nos bastidores do Senado a legalização dos cassinos no Brasil. A proposta, rejeitada por vários setores da sociedade, incluindo a Bancada Evangélica, é vista por críticos como um desvio de prioridades em um momento em que milhares de brasileiros exigem respostas e reparação por perdas causadas pela corrupção no sistema previdenciário.
Em vez de se somar aos esforços por justiça e ressarcimento às vítimas do golpe previdenciário, Irajá parece preferir jogos de azar — literalmente.
Fonte: AF Noticias