FAEMA/SENAR Fortalece Autonomia Indígena ao Ampliar Capacitação em Apicultura na Reserva Arariboia
Na foto acima, os apicultores, e o Instrutor e técnico de campo do Senar, William de Lacerda Vieira.
De 3 a 5 de dezembro, o Sistema Faema/Senar, em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Grajaú e a Prefeitura de Arame, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, promoveram o Curso de Apicultura Básica na Aldeia Barreirinha, localizada na Reserva Indígena Arariboia, em Arame (MA). A formação representa mais um passo no processo de qualificação da comunidade, que já realiza o manejo de meliponas — as abelhas nativas e sem ferrão, tradicionalmente relacionadas à cultura local; por meio de formações apoiadas pelo governo do estado.
Indígenas aprenderam manejo de abelhas apis em curso de formação profissional rural do Senar
Agora, com a ampliação do conhecimento para a criação das abelhas apis, a aldeia se prepara para diversificar sua produção e fortalecer iniciativas sustentáveis. O manejo das apis também será incorporado ao futuro projeto de turismo rural indígena, atualmente em fase de concepção pela comunidade, que busca estruturar experiências ambientais e culturais em seu território.
Para Jó Guajajara, a chegada desse novo conhecimento reforça a relação ancestral com as abelhas e amplia as possibilidades econômicas para o povo Guajajara. “Minha paixão começou com as melíponas, que fazem parte da nossa cultura. Agora, com o curso de apicultura, essa paixão só aumenta. Criar abelhas é proteger a biodiversidade do nosso território”, destacou.

A nova atividade apicola vai se unir ao manejo de abelhas nativas e integrar um projeto futuro de turismo rural
O curso foi ministrado pelo instrutor e técnico de campo do Senar, William Lacerda, especialista em apicultura, que destacou o potencial da atividade para o desenvolvimento local. “A Reserva Arariboia é um ambiente perfeito para criação de abelhas. A comunidade poderá produzir mel, própolis e outros produtos da apicultura. E, quando estruturarem o turismo rural, essa atividade poderá agregar valor às trilhas e vivências que desejam oferecer”, acredita o especialista.
Os participantes aprenderam técnicas de captura, manejo e transferência, vivenciando práticas que fortalecem a autonomia produtiva. Felipe Carlos Guajajara expressou entusiasmo: “É a maior escola que a gente tem. Aprendi muita coisa”, comemorou.
Já a aluna Rosa Cristina Guajajara ressaltou a expectativa de transformação econômica. “Esse curso é muito importante. Vamos poder ganhar dinheiro, ajudar nossa comunidade e mudar nossa realidade”, espera.
Com emoção, Thelma Guajajara destacou o papel estruturante da formação: “Esse curso trouxe um projeto para a gente criar abelha, sobreviver, vender e aprender. Precisamos muito desse conhecimento”, destacou.
O cacique, Raimundo Alves de Lima Guajajara, reforçou o impacto direto na vida da aldeia. “Nunca tínhamos aprendido tudo isso. Agora sabemos como capturar e manejar. Isso vai ajudar na renda da comunidade”, garante o líder indígena.
“A ação reafirma o compromisso do Sistema Faema/Senar com a formação profissional rural, a valorização cultural, o desenvolvimento sustentável e o fortalecimento das comunidades indígenas do Maranhão”, avalia o gerente técnico do Senar, Carlos Antônio Feitosa.
Fonte: Senar-Ma.






