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AMAZÔNIA: Pará e Região Norte entram no inverno com previsão de mais chuvas e calor

Estação marca início do período mais chuvoso na Amazônia

Por Ivan Duarte / O Liberal
O verão no Hemisfério Sul começa neste domingo (21/12) e segue até 20 de março de 2026, mas, no Pará e na Região Norte, o período coincide com o chamado “inverno amazônico”, marcado por chuvas intensas e alta umidade. A previsão indica volumes de precipitação acima da média histórica e temperaturas mais elevadas em grande parte dos estados, segundo projeção do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

No Norte do país, a maior parte dos estados deve registrar volumes de chuva acima da média, acompanhados de calor mais intenso. No Pará, o comportamento do clima varia conforme a região: enquanto o centro-sul do estado tende a enfrentar temperaturas acima da climatologia, o sudeste paraense aparece como exceção, com previsão de chuvas abaixo da média histórica, situação semelhante à esperada para o Tocantins. Já no Amapá, em Roraima e no norte do Pará, as temperaturas devem ficar próximas dos padrões históricos.

Segundo o Inmet, Amazonas, Acre e Rondônia também devem registrar temperaturas médias do ar acima da normal climatológica. Em algumas áreas, os desvios podem chegar a 0,5 °C ou mais em relação à média histórica do período. Esse cenário reforça a combinação de calor e alta umidade característica da Amazônia nesta época do ano, favorecendo a ocorrência de pancadas de chuva intensas, especialmente no fim da tarde e início da noite.

Embora o Norte concentre alguns dos maiores volumes de chuva do país neste período, o panorama climático varia entre as regiões brasileiras.

No Sul, a previsão é de chuvas acima da média em todos os estados, com destaque para áreas do Rio Grande do Sul.

No Nordeste, predomina a expectativa de precipitações abaixo da média, sobretudo na Bahia e em parte de Sergipe, Alagoas e Pernambuco, enquanto o centro-norte do Maranhão e o norte do Piauí podem ter volumes próximos ou acima do normal.

De acordo com o Inmet, o período também favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com possibilidade de chuvas intensas, ventos moderados a fortes, descargas elétricas e, em alguns casos, queda de granizo — fenômenos comuns nesta fase mais instável do clima e que exigem atenção da população.

Em média, os maiores acumulados de precipitação devem ocorrer nas regiões Norte e Centro-Oeste, com totais entre 700 e 1.100 milímetros ao longo da estação. Esses volumes estão associados à atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), principal sistema responsável pelas chuvas no Norte, e da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que influencia especialmente o Centro-Oeste e o Sudeste.

Para o Pará e a Amazônia, o período é decisivo tanto para o regime dos rios quanto para a dinâmica ambiental e socioeconômica da região.

Inverno amazônico

Na Amazônia, a leitura das estações do ano difere do restante do país. O chamado inverno amazônico, considerado o período mais chuvoso da região, ocorre geralmente entre dezembro e maio e é caracterizado por chuvas intensas, alta umidade e temperaturas mais amenas — ainda que elevadas em comparação a outras regiões do Brasil.

É nesse período que ocorrem as cheias dos rios e a paisagem ganha tons de verde mais intensos. Embora não haja frio ou neve, a maior nebulosidade e a umidade constante alteram a sensação térmica em relação aos meses menos chuvosos.

Arimatéia Jr.

Arimatéia Jr.

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