Jogador do Vasco é denunciado por agressões físicas e psicológicas
A advogada brasileira Larissa Ferrari detalhou violência durante relacionamento com o jogador
A advogada Larissa Ferrari, que manteve um relacionamento com o jogador francês Dimitri Payet, atualmente no Vasco, revelou nesta semana detalhes de agressões físicas, verbais e psicológicas que teria sofrido durante o período em que esteve com o atleta.
Segundo ela, Payet justificava as violências como uma forma de “punição” e demonstrava prazer em machucá-la.Em entrevista ao jornal Extra, Larissa relatou episódios recorrentes de agressões físicas e humilhações. “Algumas marcas na parte de baixo do meu corpo, por exemplo, na panturrilha e tornozelo, eram porque ele pisava. Ele pisou no meu rosto, cabeça e pernas. Ele sentia prazer em fazer isso. No bumbum, era durante esses momentos sexuais“, declarou.
Segundo a advogada, Payet usava termos como “punição” para justificar os episódios de violência. “Ele me fazia acreditar que eu era culpada e merecia ser punida. E eu acreditava. Só fazendo terapia percebi que eu não merecia“, disse. Ela também contou que o jogador costumava empurrá-la e segurá-la com força pelos braços durante os surtos de agressividade.
Larissa também denunciou ofensas. “Ele me chamava de ‘vagabunda’, dizia que eu era ‘igual a todas as brasileiras’ e que deveria ter acreditado no que falavam para ele na Europa. Ele dizia: ‘Você está gostando disso? Porque você merece ser punida’”, afirmou.
Boletins de ocorrênciaLarissa registrou dois boletins de ocorrência — um no Paraná, em União da Vitória, e outro no Rio de Janeiro — relatando as agressões e ameaças.
De acordo com a denúncia, após retornar à sua cidade, a advogada passou a receber mensagens com ameaças veladas. “Vou mandar alguém para te deixar segura”, teria dito o jogador, além de outra frase: “Vou mandar alguém aí para cuidar de você”.Ela realizou exame de corpo de delito e apresentou fotos dos hematomas ao jornal Extra, que teve acesso às imagens. As marcas estão espalhadas pelas pernas, braços e nádegas.
As agressões foram denunciadas oficialmente no dia 30 de março na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Larissa também solicitou uma medida protetiva de urgência contra o atleta. Até o momento, nem Payet, nem sua assessoria se manifestaram publicamente sobre o caso. O Vasco da Gama também não emitiu nota oficial.
Por Hannah Franco | Especial de “O Liberal”
