“Sucesso da COP30 em Belém será o sucesso do meio ambiente”, diz Helder

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), afirmou que o sucesso da COP30, a ser realizada em novembro na cidade de Belém, significará também o “sucesso do meio ambiente”. A declaração foi feita durante a 26ª Conferência Anual Santander, nesta quarta-feira (20), em São Paulo.
Ao lado dos governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), Helder aproveitou a oportunidade para convocar todos a participarem da cúpula do clima no Pará.
“Todos os brasileiros que amam esse país, a Amazônia e seus irmãos paraenses devem estar junto da gente, porque o sucesso da COP em Belém será o sucesso do meio ambiente, sim, mas será também a grande oportunidade para que o Brasil possa liderar a agenda da sustentabilidade a partir de boas práticas”, disse o governador.
Em seu discurso, Helder relembrou a tragédia causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, que deixaram 184 mortos em 2024, e defendeu que a COP não deve ser palco de embates entre esquerda e direita.
“A agenda ambiental é transversal. O impacto sofrido no estado do Rio Grande do Sul [em 2024] é uma demonstração de que as mudanças climáticas batem à porta de todos e quando atingem uma família, uma produção, uma indústria, não quer saber se essa indústria ou família é de direita ou de esquerda.”
Na capital paulista, o governador paraense cobrou que os países desenvolvidos também financiem a preservação da Floresta Amazônica, possibilitando o desenvolvimento social da região.
“Não é possível que eles [os países desenvolvidos] queiram que a Amazônia fique intocada, mas não coloquem um centavo para pagar aos povos da Amazônia o sacrifício social de não produzir”, exclamou Helder. “Eles olham para a copa das árvores e não lembram que, abaixo delas, temos 29 milhões de brasileiros que precisam ter acesso à educação, saúde, saneamento”, acrescentou.
Ainda de acordo com Helder, a sustentabilidade deve ser “integral”, sendo capaz de cuidar ao mesmo tempo da vida vegetal local e das pessoas que ali habitam.
“Nós tivemos a última COP em Baku, no Azerbaijão, combustível fóssil como principal atividade. Antes disso, Dubai, que todos sabem qual a origem da sua economia. A possibilidade de fazer [a COP] na Amazônia é absolutamente extraordinária para fazer um chamamento e dizer: ‘Venham discutir meio ambiente na maior floresta tropical do mundo, com o pé no chão'”, concluiu o governador.
Por Lucas Schroeder e Stêvão Limana