Adolescentes são apreendidos por maltratar e expulsar a avó de casa
Viatura da Polícia Civil do Maranhão | Foto: Divulgação/Polícia Civil do Maranhão
Dois adolescentes foram apreendidos em Bom Jardim, no interior do Maranhão, após investigações apontarem que ambos maltratavam física e psicologicamente a própria avó desde 2020. A idosa, vítima das agressões, foi expulsa da própria casa e, nos últimos cinco anos, viveu de favor em residências de terceiros, sem acesso a roupas, documentos ou medicamentos.
Diante da gravidade da situação, o Ministério Público solicitou a apreensão dos adolescentes, e a Justiça acatou o pedido. A Polícia Civil cumpriu a decisão na última quarta-feira (16), durante uma operação que também resultou em uma descoberta preocupante: a residência da idosa, que havia sido tomada pelos netos, vinha sendo usada como ponto de receptação de produtos roubados.
Violência contínua e vulnerabilidade
De acordo com o Ministério Público do Maranhão, os abusos contra a idosa não se limitaram a negligência. Os adolescentes submetiam a avó a agressões físicas, tortura emocional e ameaças constantes. A idosa foi impedida de viver com dignidade, e o cenário de abandono agravou sua situação de vulnerabilidade social e de saúde.
Uma medida protetiva de urgência foi concedida, garantindo à idosa o direito de reaver sua moradia e integridade. A operação policial permitiu o cumprimento de mandado de busca e apreensão no imóvel, onde os adolescentes residiam ilegalmente.
Outras denúncias e risco à comunidade
Além dos crimes cometidos contra a avó, um dos adolescentes já era investigado por invadir uma escola pública do município portando um facão e ameaçar professores e funcionários. O histórico de violência e o desrespeito às instituições públicas reforçaram a necessidade de uma resposta firme do Judiciário.
Com a apreensão dos adolescentes, a Justiça espera garantir proteção à idosa e restabelecer seus direitos básicos. O Ministério Público acompanha o caso e deve oferecer suporte psicossocial à vítima, enquanto os adolescentes permanecerão sob responsabilidade do sistema socioeducativo, onde as medidas cabíveis serão analisadas.
