Eduardo Siqueira está em observação por 72h na UTI devido ao risco de arritmias graves

O prefeito afastado de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Palmas (HGP), em estado estável, após sofrer um infarto e passar por um procedimento de angioplastia. Segundo boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), o político será mantido em observação por até 72 horas, devido ao risco elevado de arritmias cardíacas graves.
Eduardo foi submetido a um cateterismo de emergência na madrugada desta terça-feira (8/7), após sentir fortes dores no peito enquanto estava custodiado no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar, em Palmas. A equipe médica confirmou o diagnóstico de Infarto Agudo do Miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST (IAM sem supra), com base em exames de marcadores cardíacos (CK-MB e troponina), que apresentaram alterações.
A cirurgia desobstruiu com sucesso a principal artéria do coração, com a implantação de um novo stent coronariano. O boletim médico informa que o prefeito afastado está consciente, estável e sendo monitorado por equipes de clínica médica e cardiologia.
PRISÃO DOMICILIAR POR RAZÕES HUMANITÁRIAS
Poucas horas após o infarto, o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu a Eduardo Siqueira o direito de cumprir prisão domiciliar por razões humanitárias. A decisão se baseou em laudos médicos que indicam a gravidade do quadro clínico e a inexistência de estrutura adequada no sistema prisional para o tratamento necessário.
Preso preventivamente desde 27 de junho, Eduardo é investigado na Operação Sisamnes, da Polícia Federal, que apura o uso e vazamento ilegal de informações sigilosas oriundas de investigações no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O alvará de soltura foi expedido nesta terça-feira (8), e a Polícia Militar informou já ter cumprido a decisão judicial. Eduardo será monitorado eletronicamente e deverá seguir medidas cautelares impostas, como o afastamento do cargo de prefeito, proibição de contato com outros investigados e impedimento de deixar o país.
REPERCUSSÃO
A defesa do prefeito afastado afirmou que a próxima etapa será tentar revogar a prisão preventiva decretada pelo STF. “Temos plena confiança na Justiça e na comprovação de que Eduardo não teve envolvimento com os fatos apontados”, afirmou o advogado Juvenal Klayber.
A Prefeitura de Palmas reiterou que as investigações da operação não envolvem a atual gestão municipal. O vice-prefeito Carlos Velozo (Agir) segue à frente da administração da capital como prefeito em exercício desde a prisão de Eduardo.
Enquanto isso, o quadro clínico do prefeito afastado segue sendo monitorado com cautela pela equipe médica do HGP, com a expectativa de novos boletins médicos nas próximas horas.