Política Tocantins

Ronaldo Dimas chama governo Wanderlei de ‘fábrica de crise’ e aponta rombo bilionário

“Criou-se uma bola de neve que estava levando a saúde do Tocantins à falência”, disse.

O secretário de Planejamento e Orçamento do Tocantins, Ronaldo Dimas, afirmou na segunda-feira (3) que a gestão do ex-governador Wanderlei Barbosa representou uma “fábrica de crise” para o Estado. A declaração foi feita durante coletiva de imprensa, em resposta à nota divulgada pelo diretório estadual do Republicanos, partido de Wanderlei, que segundo Dimas confirma o descontrole financeiro e a ineficiência da antiga administração.

DÉFICIT E FALTA DE CONTROLE ORÇAMENTÁRIO

De acordo com Dimas, a situação das contas públicas deixadas pela gestão anterior é alarmante.

“Que governo foi esse que não sabia quanto devia? Que contratava sem orçamento e sem lastro financeiro?”, questionou o secretário, ao citar a falta de controle sobre a execução de contratos como um dos fatores que aprofundaram a crise fiscal.

ROMBO NA SAÚDE CHEGA A R$ 580 MILHÕES

O setor da saúde é apontado como um dos mais comprometidos. Segundo dados apresentados pelo governo, o rombo nas contas da Secretaria da Saúde chega a R$ 580 milhões.

Mesmo com o aumento expressivo nos gastos — de R$ 871 milhões em 2021 para R$ 1,63 bilhão em 2025 —, o número de internações cresceu apenas 21%, o que demonstra, conforme o secretário, um desequilíbrio entre o custo e a entrega de serviços à população.

O secretário de Saúde, Vânio Rodrigues de Souza, afirmou que o governo atual herdou contratos com prestadores que estavam há mais de seis meses sem pagamento.

“Criou-se uma bola de neve que estava levando a saúde do Tocantins à falência”, disse.

DÉFICIT NO SERVIR SUPERA R$ 420 MILHÕES AO ANO

Outro ponto destacado pela atual gestão é a situação crítica do plano de assistência à saúde dos servidores, o Servir. Segundo Dimas, o Estado estaria arcando mensalmente com R$ 35 milhões além do previsto, o que representa um déficit anual de aproximadamente R$ 420 milhões.

ESCÂNDALOS E AUDITORIAS EM ANDAMENTO

Além da crise fiscal, a atual administração cita casos de corrupção que agravaram o cenário financeiro. Entre as investigações em andamento está o desvio de R$ 78 milhões em recursos destinados à compra de cestas básicas durante a pandemia.

O caso envolve diretamente o ex-governador Wanderlei Barbosa, seus filhos e a ex-primeira-dama Karine Sotero, e resultou no afastamento de Wanderlei do cargo.

O governo também realiza uma auditoria nas contas da Saúde, com apoio da Controladoria-Geral do Estado, Tribunal de Contas, Ministério Público e Defensoria Pública. O objetivo é apurar as causas da discrepância entre os valores aplicados e os resultados entregues à população.

EX-SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO PRESO EM NOVO ESCÂNDALO

Na semana passada, o ex-secretário executivo da Educação, Edinho Fernandes, foi preso sob suspeita de envolvimento em um esquema que teria desviado mais de R$ 1,4 bilhão por meio de emendas parlamentares. Edinho atuava no governo desde 2022 e era considerado próximo de Wanderlei Barbosa.

QUESTIONAMENTO SOBRE USO DOS RECURSOS PÚBLICOS

Ao encerrar a coletiva, Ronaldo Dimas fez um questionamento sobre os gastos da antiga gestão.

“Basta ver o quanto se gastou com a saúde e o péssimo serviço que era prestado para a população. Aí vem a pergunta: para onde foi esse dinheiro?”, afirmou o secretário.

Credito: portal O Norte

Arimatéia Jr.

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