Maranhão Polícia

Acusada de matar irmãos com ovo de Páscoa envenenado vai a júri popular em Imperatriz

A 3ª Vara Criminal de Imperatriz aceitou a denúncia formulada pelo Ministério Público do Maranhão


Jordélia Pereira Barbosa, acusada de envenenar o ovo de Páscoa, que foi entregue à família de Mírian Lira Rocha, será levada ao Tribunal do Júri, ainda com data a ser definida. A 3ª Vara Criminal de Imperatriz aceitou a denúncia formulada pelo Ministério Público do Maranhão (MP-MA) na terça-feira (2).

A acusação é formulada pela 8ª Promotoria de Justiça de Imperatriz. O ovo de Páscoa envenenado resultou na morte dos dois filhos de Mírian: Luiz Fernando Rocha Silva, de 7 anos, e Evillyn Fernanda Rocha Silva, de 13, além da tentativa de homicídio contra a própria Mirian, que sobreviveu após dias de internação na UTI.

O crime
Jordélia é acusada de envenenar três membros de uma mesma família; a mãe, Mirian Lira Rocha, de 38 anos e os seus dois filhos: Luís Fernando Rocha Silva de 7 anos e Evely Fernanda, de 13 anos. Os três consumiram um ovo de Páscoa em Imperatriz. Jordélia seria a ex do atual companheiro de Mirian Lira.

Luís Fernando foi a primeira vítima. A irmã, Evely Fernanda não resistiu ao envenenamento e foi a óbito no dia 22 de abril. Evely estava internada desde o dia 16 de abril, data em que comeu o ovo envenenado. De acordo com o boletim médico, a paciente teve choque vascular refratário associado a múltipla falência dos órgãos.

A mãe das crianças, Mirian Lira Rocha, de 38 anos, também sofreu intoxicação e esteve internada. A perícia confirmou o uso de pesticida altamente tóxico no ovo de Páscoa. No dia 20 de abril Jordélia foi transferida de Santa Inês para a Unidade Prisional de Ressocialização Feminina (UPFEM), em São Luís.

Perda a guarda dos filhos
Jordélia Pereira Barbosa perdeu a guarda dos dois filhos que tinha com o ex-marido. A decisão foi proferida pelo juiz Alexandre Antônio José de Mesquita, da 3ª Vara de Santa Inês, e ocorreu após o pai das crianças solicitar a alteração na guarda.

A determinação, da última segunda-feira (12), é de caráter provisório e Jordélia terá um prazo para contestar, o que, por padrão, costuma ser de 30 dias.

Para o juiz, a guarda dos filhos deve ser encaminhada de forma unilateral ao pai porque Jordélia é suspeita de duplo homicídio, o que indica a incapacidade da mãe de assegurar o melhor interesse das crianças. Atualmente, Jordélia está detida na Unidade Prisional de Ressocialização Feminina de São Luís (UPFEM), aguardando o andamento do seu processo.

Arimatéia Jr.

Arimatéia Jr.

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