Trabalhadores enfrentam caos na travessia do Rio Tocantins devido a restrições em balsas

Desabamento da ponte JK segue gerando prejuízos incalculáveis.
Desde o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, em 22 de dezembro de 2024, que ligava Aguiarnópolis (TO) a Estreito (MA), os moradores locais enfrentam uma rotina de dificuldades. A tragédia, que resultou em 14 mortes e três desaparecidos, não apenas interrompeu a principal via de ligação entre os estados, mas também expôs a fragilidade das alternativas de transporte na região.
Com a queda da ponte, a travessia pelo Rio Tocantins passou a depender exclusivamente de balsas e pequenos barcos. No entanto, desde 9 de abril de 2025, a Marinha do Brasil determinou que as embarcações operem com limite de passageiros, após denúncias de superlotação. A medida visa garantir a segurança da navegação, mas tem causado longas filas e atrasos significativos para os usuários .
Trabalhadores como comerciantes, professores, enfermeiros e autônomos, que precisam se deslocar entre as cidades diariamente, são os mais afetados. Alguns relatam esperar até quatro horas para conseguir embarcar, comprometendo seus horários de trabalho e descanso.
PROMESSAS E INCERTEZAS
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que a empresa responsável pelas balsas, Amazônia Navegação Ltda, está em processo de adequação para atender às exigências de segurança, com previsão de conclusão até o final de abril. Enquanto isso, os trabalhadores continuam enfrentando as dificuldades diárias sem uma solução imediata à vista .
A reconstrução da ponte está prevista para ser concluída até o final de 2025, conforme anunciado pelo DNIT. No entanto, até lá, a população local continuará dependendo das balsas para atravessar o rio, enfrentando os desafios impostos pelas restrições atuais.

CLAMOR POR SOLUÇÕES
Moradores e trabalhadores da região expressam frustração com a situação. Eles questionam a eficácia dos decretos de “Estado de Calamidade Pública” e “Situação de Emergência”, que, segundo eles, parecem beneficiar apenas grandes empresas e interesses políticos, deixando a população à mercê de decisões burocráticas.
A comunidade local clama por agilidade das autoridades competentes – Marinha, DNIT e Amazônia Navegação Ltda – para que medidas emergenciais sejam implementadas, garantindo o direito básico de ir e vir dos cidadãos que dependem da travessia diariamente.