Maranhão

Turismo sustentável ganha espaço no MA e vira nova aposta do governo estadual

Com a chegada definitiva do frio em grande parte do Brasil, internautas de todo o país intensificaram a busca por destinos quentes, segundo dados do Google Trends da última semana.

Em meio a esse movimento, o Maranhão desponta como uma alternativa encantadora e culturalmente vibrante para quem quer trocar os casacos pelo calor nordestino — e viver uma experiência de turismo sustentável e imersiva.

Mais do que sol e paisagens paradisíacas, o estado oferece uma temporada junina que se estende de maio a julho, com festas populares que tomam as ruas em diversas regiões.

“O São João do Maranhão é o maior do mundo”, dizem com frequência os maranhenses — e não apenas por orgulho: a afirmação se baseia em números oficiais apresentados, por secretários do governo estadual a jornalistas em visita recente ao estado.

A programação é ampla, diversa e descentralizada, valorizando ritmos como forró, reggae, quadrilha, bumba meu boi, danças indígenas e o famoso “lêlê”.

Essa riqueza cultural não acontece por acaso. Ela está inserida em um projeto maior de transformação social e econômica liderado pelo governo Carlos Brandão (PSB).

“Não basta cobrar a preservação da floresta, é preciso combater a fome”, afirmou o governador em entrevista recente à TV 247, reforçando a ideia de que o desenvolvimento sustentável também precisa garantir inclusão e justiça social.

Carlos Brandão: “não basta cobrar a preservação da floresta, é preciso combater a fome”

O Maranhão vem se destacando em diversos indicadores sociais e econômicos, resultado de uma política pública que alia ações de transferência de renda, fomento ao empreendedorismo e à cultura, taxação progressiva e, especialmente, estímulo ao turismo como vetor de geração de renda.

A proposta é romper com o estigma histórico de “estado empobrecido” e fortalecer uma imagem de potência cultural e ecológica.

Entre os pilares dessa estratégia está a valorização das belezas naturais do estado, com destaque para os célebres Lençóis Maranhenses — uma paisagem de tirar o fôlego, onde as lagoas cristalinas entre dunas brancas oferecem uma experiência quase mística.

“Como não se perder aqui…”, disse um dos visitantes diante de um cenário que parece saído de outro planeta, ideal para contemplação e reflexão.

A sustentabilidade é central nessa política. O governo maranhense destaca que “o foco é promover a inclusão socioprodutiva”, por meio de ações de capacitação da população local, apoio a iniciativas de base comunitária e investimentos que priorizem o equilíbrio ambiental e o respeito às tradições locais.
Trata-se de um modelo que combina preservação com geração de empregos de longo prazo.

Nesse contexto, o São João maranhense assume um papel estratégico. Com apoio do setor privado, o estado investe — e não “gasta”, como fazem questão de frisar — recursos robustos para transformar a festa em motor de desenvolvimento, movimentando a cadeia produtiva do turismo, da cultura e da economia criativa em todas as regiões.

As manifestações culturais locais traduzem esse esforço em identidade e emoção. No centro histórico de São Luís, o “Cacuriá” encanta moradores e turistas com seu ritmo contagiante.

“Sentimentos à flor da pele no centro histórico de São Luís, o rebolado irreverente e colorido do Cacuriá. É o mês mágico do São João, mas fazemos apresentação o ano todo. Não tem como dissociarmos isso do que nós somos. Desde pequenos temos roupinha. É libertador, um descanso para a alma”, conta um dançarino com brilho nos olhos.

Já no Bumba Meu Boi, a emoção ganha força nas palavras de uma jovem de 23 anos, integrante do Boi d’Itaparí.

“É maravilhoso o palco, é muito bom sentir o público com a gente. Desde os meus 14 anos, na fundação do Boi d’Itaparí, eu comecei a dançar na escola, nas ruas, nos arraiás. Para chegar até aqui, é muito trabalho. Tem muitas áreas, com 4 meses de preparação antes do São João. Nesse ano estamos com os

Tambores de São Luís, que é nossa segunda música. Esse ano são 10 anos de Itaparim”.

Entre a força das tradições, as paisagens hipnotizantes e a gestão comprometida com inclusão e sustentabilidade, o Maranhão mostra que é possível aquecer o corpo e o coração — e, ao mesmo tempo, transformar a realidade social de seu povo. Um convite irresistível para quem quer fugir do frio e mergulhar em tudo o que o calor da cultura pode oferecer.

Arimatéia Jr.

Arimatéia Jr.

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