Polícia

“Vontade de fazer justiça com as próprias mãos”, diz pai de bebê estuprada

O pai (foto acima) ainda falou que a guarda da criança ainda é deles e que a bebê está provisoriamente no Conselho Tutelar, enquanto o processo está em andamento

O suspeito do crime é o primo de consideração da mãe da criança, Otavio Breno Silva Sales, de 21 anos, que está preso preventivamente.

O pai, que não quis se identificar, relatou como ficou sabendo do estupro e também disse que jamais poderia imaginar que o primo da sua ex-companheira pudesse fazer algo desse tipo, pois ele tinha a confiança da família.

No dia anterior eu tinha ido levar algumas coisas para a minha filha e estava tudo bem. Aí, quando eu fui embora, ela começou a chorar. Quem me recebeu na casa foi o Otávio, e eu não tinha desconfiado de nada, ele demonstrava ser uma pessoa de confiança e por ele ser transgênero, a gente achava que ele não sentia atração por mulher, muito menos por criança.

No dia 30, eu estava no trabalho e recebi uma ligação da mãe da minha filha. Ela estava pedindo um remédio, porque estava saindo sangue pelo reto da criança e na minha cabeça não passou essa situação, de que ele teria feito algo, mas achei muito esquisito. Aí, quando foi já 22h, eu estava num bar com alguns amigos, aí recebi uma ligação do celular do Otávio, achei estranho, por conta do horário, aí eu atendi e era a mãe da minha filha, dizendo que ela estava no IML, nesse momento eu achei que tinha acontecido o pior, foi quando ela disse que tinha pego o Otávio no flagra, ela estava dormindo, levantou e quando chegou na cozinha, ele estava na mesa da cozinha, penetrando a minha filha, com a mão na boca dela. Aí ela começou a gritar.

O pai da criança, ainda revoltado com o que aconteceu com sua filha, disse na entrevista que sua vontade é de fazer justiça com as próprias mãos, caso, nada seja feito para manter o acusado preso.

Vou ser bem sincero, se a Justiça não fizer nada, eu mesmo vou fazer com minhas mãos, espero ele sair. Mas, o certo, é que a Justiça faça o papel dela, mas, se não acontecer nada com ele, eu mesmo vou fazer. Infelizmente esse é o sentimento que a gente tem. Não é o certo, mas como é que um ser humano consegue fazer isso com uma criança de um ano, é inadmissível, esse cara é um doente, ele não merece a vida.

O pai ainda falou que a guarda da criança ainda é deles e que a bebê está provisoriamente no Conselho Tutelar, enquanto o processo está em andamento.

Ela infelizmente não pode ficar com a gente, nós tentamos ficar com a guarda dela. Meus pais inclusive foram lá ontem, para trazer ela pra casa, mas nem foram atendidos, porque era feriado, mas estamos aguardando, ela vai ficar lá provisoriamente, foi conversado com a gente que não era algo definitivo. Nós não abrimos mão da guarda da criança, ela só está no conselho tutelar durante esse processo, até segunda-feira nós vamos lá para buscar ela.

O QUE DIZ O CONSELHO TUTELAR
Em conversa com a reportagem, o conselheiro Melquisedeque Fernandes, disse, que, tanto o pai como a mãe “alegaram não ter condições de ficar com a criança. O pai é maior de idade. A genitora tem aproximadamente 16 anos, disse o conselheiro Melquisedeque Fernandes.

SOBRE O CASO
Uma bebê de 1 ano e 10 meses foi vítima de estupro na noite da última quarta-feira (30) em um apartamento no bairro Morada Nova, zona Sul de Teresina. O principal suspeito é Otávio Breno Silva Salles, de 21 anos, primo de consideração da mãe da criança. Ele foi preso e encaminhado à Central de Flagrantes.

Conforme o pai da vítima, a agressão foi flagrada pela mãe da criança em um dos cômodos do imóvel em que eles moram com o suspeito. “Ela disse que se levantou e foi até a cozinha na noite do dia 30. Foi quando viu ele com a bebê sendo violentada”, disse.

O pai da vítima relatou que, na véspera do crime, recebeu uma ligação da mãe da criança pedindo ajuda para comprar um remédio, pois a bebê apresentava febre e sangramento na região íntima.

PRISÃO DO SUSPEITO
A Polícia Militar foi acionada por vizinhos no momento em que a mãe flagrou o ato de violência. O suspeito foi detido no local e encaminhado à Central de Flagrantes. “Quando ela me contou, eu larguei tudo e fui direto para Central. Depois seguimos para o IML. Lá foi feito o exame de corpo de delito e os profissionais informaram que havia, sim, lesão. A mãe relatou que, ao lavar a menina, a bebê reclamava de queimação.”
Fonte: MeioNews

Arimatéia Jr.

Arimatéia Jr.

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